30.6.14

Gilmore Girls, 3ª temporada

Cá estou eu em mais uma resenha desta série linda que é Gilmore Girls. Nesta terceira temporada, nós temos, obviamente, o desenrolar do que foi plantado na season finale da temporada passada. E, bem, digamos que as coisas ficaram bem quentes no último episódio da temporada 2. Eu esperava muitas coisas, ao mesmo tempo em que não sabia ao certo o que esperar. Os primeiros episódios são, sim, muito bons!

Com certeza, dão um banho nos primeiros da segunda temporada que, pra mim, foram um saco. Com poucos acontecimentos importantes até então, nós chegamos a They Shoot Gilmores, Don’t They, o primeiro episódio com uma digna reviravolta. Com seus momentos tristes e engraçados é um dos meus episódios favoritos e também tem seu mérito por ocorrer no momento perfeito, pelo menos na minha opinião.

Dado esse novo background e o plot do último ano escolar da Rory, nós passamos a ver mais os personagens coadjuvantes, o que foi muito bom. Se na temporada passada eu sentia falta da Sookie, neste ela foi muito bem aproveitada, inclusive presenteada com uma novidade incrível! Todas as vezes que ela e o Jackson estão juntos, é garantia de risadas. Emily e Richard também aparecem mais aqui, embora eles tenham tido bastante espaço antes. O episódio do flashback de Lorelai, na época em que ela ficou grávida da Rory foi um dos melhores.

Uma coisa que percebi foi o abandono do plot Shelley e Christopher. Sim, é um enredo que ninguém gosta de ver, porém, ficou meio estranho eles desaparecem do nada. O Christopher nem mesmo estava presentes naquele acontecimento importante da season finale, achei bem chato isso. O Kirk aparece mais também, e eu ri bastante com ele, mesmo que não simpatize muito com seu personagem.


E muito amor pelo digno aproveitamento da Lane e da sua mãe, Sra. Kim <3. As duas são engraçadíssimas e a minha cena favorita da temporada é quando a Lane está mostrando o papel da faculdade religiosa e diz “my life is over” sorrindo e depois sai correndo. Eu repeti umas três vezes essa parte!  Eu consegui simpatizar um pouco mais com o Jess e não sei que rumo ele tomará na próxima temporada, espero que não seja o mais provável. E nota dez para aquela season finale. Foi de chorar. Notavelmente, o fechamento de um ciclo. Começarei a ver a quarta temporada o mais rápido possível!

5 de 5

22.6.14

Resenha: Capitães da Areia - Jorge Amado

Capitães da AreiaCapitães da Areia conta a história de um grupo de garotos de rua, moradores de um trapiche na Bahia, que, para sobreviver vivem do roubo. Com um enfoque especial no líder do grupo, Pedro Bala, e em seus amigos, Sem Pernas, Professor, Volta Seca e Gato, Jorge Amado nos conduz nessa história peculiar, mostrando a vida nesses meninos criminosos e o que pode tê-los motivado para chegar até ali. Também acompanhamos em alguns momentos, a narrativa focando-se em pessoas que os ajudaram, com o padre João Pedro.

Esse livro é uma delícia. Confesso que o comecei com um pouco de falta de vontade, tinha pedido emprestado eras atrás e só agora o tive em mãos e já não estava tão animado assim. Acontece que a escrita surpreendentemente fácil de Jorge Amado me tomou de assalto, assim como o seu dom de contar boas histórias. Me envolveu totalmente. Fiquei absorto nesse mundo dos Capitães, assim como pela forma que ele retrata a Bahia, com bastante influência da cultura negra, do catolicismo que também era fortemente presente naquela época.

O dialeto dos meninos é bem peculiar e dão mais realidade aos personagens. E é essa realidade uma das coisas que mais me encantaram. Aos poucos, nós vamos descobrindo um pouco de cada um e acabamos por nos familiarizar e até mesmo justificar suas ações. Dá para ver que Jorge Amado teve uma preocupação de contar a história de um grupo, ao mesmo tempo em que dava um início, meio e fim para as subtramas dos personagens. Quando o número de páginas restante do livro já ia diminuindo, era possível notar os desfechos sendo empregados e isso foi muito bom porque deu tempo de fechar a história de todos. 

A Dora foi uma personagem que apareceu quando a história já tinha meio caminho andando, porém, essa facilidade de humanizar e criar apelo para personagens do autor fez com que sentisse bastante o que posteriormente vem a acontecer a ela. Quando terminei o livro, foi sensação de dever cumprido, por um livro que antes eu considerava "difícil" ter sido lido por completo e por descobrir que ele não era tão difícil assim. Na verdade, eu até me diverti lendo Capitães da Areia. É uma história realística, que captura muito bem a alma dessas crianças, seu medos, desejos, sonhos. Definitivamente, uma releitura futura. 

5 de 5

18.6.14

Resenha: Feita de Fumaça de Osso - Laini Taylor (Feita de Fumaça e Osso #1)

Feita de Fumaça e OssoFeita de Fumaça e Osso conta a história de Karou. Uma garota com aparência peculiar, cabelos azuis, residente de Praga e que vive fazendo favores a uma figura muito estranha. Com aparência semelhante a um bode, Brimstone, que mora em um lugar que ela pouco conhece e, ao mesmo tempo,  frequenta assiduamente, é para quem ela faz favores. Recolhendo dentes em todos os cantos do mundo, sem a mínima ideia de para quê servem. Porém, os portais que ela usa para ter acesso a esses diversos lugares estão sendo marcados. Esses acontecimentos desencadeiam a descoberta sobre o mundo estranho e até então desconhecido de Karou. 

Não sei o que me chamou atenção nesse livro, o que me fez comprar os dois primeiros livros sem nem antes saber direito sobre o que se tratava. Talvez tenham sido essas capas lindas, ou eu tenha tido um surto consumista. Fato é, não sabia o que esperar deste livro, não fazia ideia do que se tratava... Totalmente no escuro, fui pegando aos poucos o ritmo. Com algumas indicações nas divisórias que estão presentes a cada número x de capítulos, é possível se descobrir sobre o que o livro vai tratar. Se, no começo, eu tinha curiosidade e nariz torcido para o livro, a partir da metade (e da aparição de Akiva) fiquei muito mais empolgado.

Comecei a ler compulsoriamente, também devido ao número curto de páginas que cada capítulo tem, cada vez mais absorto nessa mitologia super estranha que a Laini criou. Ou melhor, "mesclou". Porque, na verdade, suas criaturas são o que já vimos em outros mundos e crenças por aí. Dividindo os focos entre Karou e Akiva, a leitura chegou ao seu ápice. Eu estava gostando bastante, demorava um pouco para entender certas coisas. Mas, de verdade, estava gostando. Até pensando em dar cinco estrelas, e tudo mais.

Porém, chegamos ao desfecho. Não propriamente as páginas finais. O "desfecho" começa lá na página 280. Enquanto eu pensava que aquela epifania toda só duraria uma dúzia de páginas, acabou durando praticamente todos os outros capítulos do livro. E assim como Karou me causou estranhamento, a nova personagem introduzida também me causou esse feito. Demorou um pouco mais para me acostumar com ela e com o fato do foco do livro mudar tão abruptamente. E o livro começou a me irritar de uma forma que eu nem mesmo sei explicar.

Mesmo que eu não tenha me familiarizado e gostado do que a autora decidiu introduzir, a Madrigal (a tal nova personagem) começou a fazer sentido e essa viagem repentina também fez sentido. Afinal, foi necessário para que todo o romance fosse melhor explicado, mesmo que uma explicação totalmente clichê e previsível. A ideia pode não ter sido a melhor, porém, o desenvolvimento foi bem satisfatório. Então terminei Feita de Fumaça de Osso, um pouco mais desanimado do que estive em certo ponto e isso é ruim. Tem um cliffhanger enorme, mas sei lá, não to com tanta vontade assim de ler o próximo. Esse livro é legal, mas não é para tanto. 

3 de 5

17.6.14

Mais história e drama na segunda temporada de "Orange Is The New Black"

A série, que conta a história de Piper Chapman, que vai parar na cadeia, desviando-se totalmente de sua vida normal e suas experiências neste local, está de volta em sua segunda temporada. Depois do sucesso que teve a temporada passada, não é de se estranhar, que as expectativas estavam altas para a série. Não sabia muito o que esperar e estava muito ansioso para saber do que seria feito o enredo depois daquele season finale. Um ano depois, confesso que as coisas estavam um pouco frias na minha mente. Eu ainda lembrava de todos os personagens, mas era difícil lembrar dos acontecimentos anteriores, o que me deixou bem incomodado, porque enquanto eu deveria estar aproveitando as novas tramas, estava pensando nas outras, tentando lembrá-las. 

Mas esse é um problema meu, na verdade. A série continua com o mesmo formato da temporada passada, cada episódio uma história é contada através de flashbacks e esse é o grande trunfo da série. Esses flashbacks me fizeram ficar tão próximo daqueles personagens, até mesmo aqueles que eu odeio, deu para conseguir alguma empatia. O roteiro constantemente prova que por trás de uma personalidade existem várias nuances. Algumas, quando reveladas, causam surpresa e estranhamento e essas são características louváveis. 

A segunda temporada trás de volta o enredo de Chapman e suas companheiras de cadeia, os episódios são bem grandes (acho até que foram maiores que os da primeira), mas passam sem que você consiga sentir. Todo episódio, conhecendo uma história mais afundo, renova a série, trazendo uma versatilidade enorme. As personagens são apaixonantes, principalmente a Taystee que tá no meu coração. Eu morro de rir com ela, mesmo que nesta temporada ela não tenha ficado muito na parte cômica.

Uma dramédia de alta qualidade, Orange is The New Black, me surpreendeu novamente, trouxe uma carg maior de drama e perigo com a nova vilã que entrou. Aquele tipo de vilã dissimulada, que ri enquanto faz suas maldades. O pior tipo. Gostei bastante, mesmo que tenha sentido que a série guardou desnecessariamente a trama da Piper, foi como se nada realmente tivesse andado e isso me irritou um pouco. Fora isso, a série ainda é uma ótima pedida e sem dúvida, estarei aqui ano que vem para comentar a próxima temporada!

8.6.14

Sobre o filme de "A Culpa é das Estrelas"


Nesta quinta-feira fui ao cinema assistir à estréia de A Culpa é das Estrelas, um filme que desde a leitura do livro, estava esperando com bastante ansiosidade. Os trailers tinham me animado, as fotos, tudo parecia bem fiel, bem feito. A história é aquela que todos já conhecem. Uma paixão adolescente avassaladora com duas vítimas do câncer, estando um deles em estado terminal. Com bastante expectativa, mas um pouco incomodado com a pressão para a choradeira que todo mundo estava colocando, fui ver o filme e não me arrependi.

Está tudo muito bem dosado, todas as partes salvas do livro (que não foram poucas) foram muito bem colocadas na película. Da mesma forma romântica, tocante, suave e nerd da obra de John Green. Mesmo com suas diferenças, posso dizer que Shai e Ansel são os atores perfeitos para Gus e Hazel. Sua atuação me fez esquecer totalmente de que num filme assistido muito recentemente eles interpretavam irmãos e foi muito fácil torcer para eles com a mesma avidez que torci no livro.

E, se você está se perguntando, o filme, de fato, emociona. É quase impossível não lacrimejar nas cenas mais carregadas emocionalmente. A mãe dos personagens foram as que mais me emocionaram, em parte porque as atuações foram boas e em parte porque, assistindo ao filme, cheguei à conclusão de que ninguém sofre mais com a perda do que os pais. O Isaac também foi muito bem interpretado, muito fielmente ao livro, principalmente em uma parte que arrancou risadas do cinema e durante a leitura, também me fez rir. Só o que me irritou bastante foi, não tem a ver com o filme em si, mas foi bem chato. O público!


O pessoa gritava o tempo todo. Quando o nome do filme apareceu, quando os personagens apareceram, quando as cenas e falas famosas apareceram. E isso foi bem irritante e quebrou totalmente o clima do filme. Então, quem estiver lendo, se você é dessas pessoas que gritam no cinema como se estivesse num show, uma dica minha é que espere o filme sair em DVD, compre e grite na sua casa, com as pessoas que têm a obrigação de te aturar, porque eu não tenho! Então é isso, recomendo muito o filme de A Culpa é das Estrelas, sem exageros, emocionante e uma das melhores adaptações literárias que já vi. Vale à pena!

5/5

1.6.14

AURA NEGRA, Richelle Mead (Academia de Vampiros #2)

Aura Negra
Depois de um incrível primeiro volume, estava mais do que ansioso para começar a leitura de Aura Negra e o fiz assim que o livro chegou as minhas mãos. Neste livro, a guerra entre os Strigoi e Moroi está se iniciando e massacres estão acontecendo as famílias reais e a guardiã em treinamento, Rose, logo percebe que a sua melhor amiga está em perigo, sendo ela a única parte restante do clã Dragomir. Esse livro é muito parado! Não que Beijo das Sombras tenha sido diferente, mas a quantidade de acontecimentos relevantes/interessantes foi mínima. Acontece pouca coisa e o pior de tudo é a quantidade de melodrama concentrado nessa falta de movimentação do enredo. A mãe de Rose aparece e ela resolve dar chance a outro garoto, mesmo que todo mundo saiba e até mesmo ela admita que só tem olhos para Dimitri. Levar todo mundo para esse hotel foi estranho, desnecessário. "O mundo tá entrando em guerra, vamos interromper as aulas e o treinamento dos guardiões para todo mundo e proteger na mordomia em um resort". Mesmo que a natureza dos Moroi seja não entrar na linha de frente, pelo menos esperava que eles mantivessem as aulas dos guardiões, sei lá. E a Rose tá chatíssima nesse livro. Se antes ela tinha aquela segurança de si, era daquelas garotas malvadas do colegial, toda cheia de sarcasmo, agora ela virou o mimimi em pessoa. Tem o mimimi com a mãe, o mimimi com o namoradinho que ela não gosta. Não que estes não sejam assuntos válidos a serem retratados, foi só a forma falha como a autora tratou tudo que estragou as coisas. Esta foi uma leitura maçante, porque quando as coisas aparecem já dá pra saber na hora o que elas irão se tornar lá na frente e, mesmo sendo previsível, a trama se arrastou como se tivesse um grande mistério. Ler Aura Negra não foi legal, creio que foi uma mancha no amor que tinha criado pela série com o primeiro livro e espero que no próximo (se eu animar a ler) as coisas sejam diferentes e pelo menos essa coisa de Aura Negra ser explicada. Sério, gente. O nome do livro é esse e a autora nem ao menos se dá ao trabalho de responder. Os personagens estão chatos, o Dimitri nem parece com ele mesmo. Finalizou tudo com um final clichê, repentino, que eu sabia que aconteceria... Um erro. Uma péssima leitura. Tá tudo errado.

1,5/5