30.9.13

Resenha: Fani em Busca do Final Feliz - Paula Pimenta (Fazendo Meu Filme #4)


Fazendo meu filme 4
 Depois de uma ríspida separação, Fani e Leo agora têm que seguir caminhos diferentes. Porém, as juras de amor feitas no passado deixaram marcas profundas em seus corações, e, mesmo anos depois, eles ainda sentem as consequências daquele trágico dia. Será preciso mais um encontro, para que eles possam finalmente entender o que houve e libertar um ao outro? Ou será que isso devastaria ainda mais o seu destino? Acompanhe os apaixonantes personagens de Fazendo meu filme no livro final da série best-seller que conquistou milhares de leitores e leitoras em todo o Brasil. Não perca o desfecho dessa emocionante história de amor e prepare-se para torcer muito pela nossa querida Fani, nas cenas finais da sua busca pelo merecido final feliz.




Resenha com spoilers dos livros anteriores!

Outras resenhas da série:

A cada término de leitura de um volume da série Fazendo Meu Filme, eu me via mais envolvido pela história de Fani. A forma como a Paula Pimenta começa cada livro de forma leve e despreocupada sempre alivia o que quer que seja desesperador que tenha acontecido no capítulo anterior. Em Fani Em Busca do Final Feliz começamos a acompanhar em capítulos alternados entre o presente e o passado, o que acontece com Fani a partir do fim do livro anterior.
E agora, no lugar daquele amor todo, ficou apenas o vazio. Espero que o meu peito seja logo preenchido novamente. Quem sabe assim eu passe a escrever para outra pessoa?
Aliás, posso dizer que este livro foi feito de alternativas. Primeiramente, temos a troca de tempos entre os capítulos e no meio e fim do livro, passamos a ler também pela perspectiva do Leo, o mocinho da história. Realmente, foi muito mais esclarecedor poder ver tudo pela cabeça dele, fazendo com que ele tivesse ainda mais carisma e apelo pra mim. Ao meu ver, a intenção da Paula com isso tudo foi nos apresentar quem era o verdadeiro vilão de toda a série: O destino.
Toda a raiva que eu vinha sentindo desde o momento em que a havia conhecido. Não era raiva dela. Era de mim. Por ter me permitido amá-la desde o momento em que a havia conhecido.
Fani ganhou mais idade e maturidade. Embora tenha ficado mais fria devido a acontecimentos do passado, a gente acaba vendo que ela continua a mesma adolescente chorona de sempre, sempre muito dedicada e preocupada com os amigos. Fani está vivendo uma vida de sonho, dirigindo um filme em Hollywood e convivendo com estrelas. Nós podemos ver ao decorrer do livro que existe muita satisfação e felicidade para a personagem durante os cinco anos, mas nenhum deles devido ao amor.
Ele então abaixou o braço, respirou fundo, se virou novamente para o mar e, em um tom mais baixo, completou:  "Sempre foi só você..."
Os personagens secundários tiveram um destaque moderado. Gabi, Christian, Tracy, Ana Elisa e Natália tiveram seus finais, assim como participação regular na trama. Dos novos personagens ficam os destaques para Alejandro que devia ter a história um pouco mais desenvolvida e Cecilia que me deixou cheio de ideias. A Paula bem que podia fazer a série sobre uma garota viciada em livros com ela, né?  
E eu só esperava que, ao acordar, eu conseguisse fazer tudo voltar a ser como era antes.
O desfecho? Bem, eu não sei muito como definir em palavras, a não ser uma que me veio à cabeça logo quando fechei o livro: P-E-R-F-E-I-T-O! É sério, gente! O final não é daqueles cheio de explicação, mas também não é muito subjetivo. Eu terminei o último capítulo e me deu uma sensação muito ruim (ou boa?) quando vi que estava cara a cara com o epílogo. Fazendo Meu Filme foi uma série que eu peguei pra ler sem compromissos, pensando ser uma história um pouco boba e, confesso que até hoje não consigo explicar o motivo de eu gostar tanto, mas que, a cada livro, foi me conquistando cada vez mais fazendo uma despedida muito digna e emocionante. Vou sentir saudades.
"[...] Porque a verdade é que todos esses anos não foram suficientes para te esquecer."

Editora: Gutenberg
Autora: Paula Pimenta
Série: Fazendo Meu Filme - Livro 4 (Final)
Título original: Fazendo Meu Filme
Páginas: 608
5 de 5

11.9.13

Resenha: Aquele Verão - Sarah Dessen


Aquele Verão
Há muita coisa acontecendo na vida de Haven... Primeiro, o casamento do pai com Lorna Queen, a “Mulherzinha do Tempo” da televisão local. Depois, o casamento da irmã Ashley com o chato Lewis Warsher, que não parece combinar com Ashley de jeito algum. Haven também não consegue ignorar o fato de ter quase um metro e oitenta e cinco de altura e ainda continuar crescendo. Ela mal consegue ver quem ela é agora ou onde ela pode se ajustar.
Então, o antigo namorado de Ashley, Sumner Lee, aparece e reacende as lembranças de Haven do verão quando seus pais eram felizes, a irmã era descolada e despreocupada, e tudo era perfeito... ou pelo menos assim parecia.




Eu peguei este livro por alguns motivos 1) no estande da iD na Bienal ele estava por apenas 19,90; 2) sempre quis ler algo da Sarah Dessen; 3) queria um livro que tivesse a temática de verão. A sinopse do livro, a capa e tudo mais, me passou uma imagem totalmente diferente do que encontrei no livro. Enquanto achava que ia encontrar algo leve e solar, acabei encontrando totalmente o contrário.


Apesar de enganar o autor quanto à temática, Dessen tinha uma boa história nas mãos que se fosse bem trabalhada levaria a um livro razoável. O livro é bem pequeno, porém muito arrastado. Ela passa boa parte desenvolvendo coisas que não são importantes ou interessantes para o enredo, com cenas que muitas vezes me fizeram ficar entendiado (nunca tinha tido um sentimento igual com um livro de apenas 200 páginas).

E, no final, ela resolve jogar tudo pro leitor. Confesso que ela me surpreendeu um pouco, mas ainda assim terminei a leitura com um sentimento de decepção. O enfoque que ela resolveu dar não me agradou nem um pouco, a forma da tratar a história (como já disse) também me irritou e os personagens não são nada carismáticos, então não cheguei a torcer para nenhum especificamente.

Aquele Verão é um livro que, pra mim, mesmo sendo curto, arrastou-se como se tivesse uma quantidade exorbitante de páginas. Entendo que seja meio difícil você incorporar conteúdo em uma história curta e até admiro um pouco a autora pela coragem. Mas, no final, acho que alguém devia ter dito a ela que o resultado não ficou tão bom assim. Li por aí que esse é o primeiro livro dela, ainda espero ler outros e ver se meu conceito muda. Não sei...

Editora: iD
Autora: Sarah Dessen
Série: Livro Único
Título original: That Summer
Página: 200
2,5 de 5

10.9.13

Resenha: Ela disse, ele disse: O namoro - Thalita Rebouças e Maurício de Sousa

Ela disse, ele disseUm dos grandes sucessos de Thalita Rebouças, Ela disse, ele disse ganha continuação, com a participação mais que especial de Mauricio de Sousa e sua Turma da Mônica Jovem. Em Ela disse, ele disse – O namoro, Leo e Rosa, que se conheceram e se apaixonaram no primeiro livro, estão namorando. E continuam descobrindo as delícias e agruras da vida a dois. Entremeando as vozes dos protagonistas com cenas ilustradas, a história de Leo e Rosa é acompanhada por ninguém menos que Mônica, Cebola, Cascão e Magali, que estão lendo o livro de Thalita Rebouças no colégio e se divertem com as aventuras e desventuras do casal.





Assim que vi que este livro estava pra lançar, fiquei muito ansioso porque sou muito fã da Thalita Rebouças, do Mauricio Sousa e do Ela disse, ele disse o primeiro desta série (?). Mesmo que não tivesse entendido muito bem o que iria resultar a parceria entre esses dois autores, eu comprei o livro apenas por se tratar de um livro de parecia entre ambos. O conceito de O namoro é mostrar algo como uma continuação para o primeiro, apresentando a Turma da Mônica Jovem lendo-o e comentando cada final de capítulo.

Eu fiquei um pouco mais tranquilo, uma vez que pensei que o livro fosse ser apenas uma espécie de Graphic Novel, reapresentando o enredo do primeiro, porém com os traços do Mauricio. Porém, acabei ganhando uma boa decepção ao ler. Primeiro que, de forma alguma, Ela disse, ele disse precisava de uma continuação. A primeira trama foi bem rápida de se desenrolar porque assim como todos os livros da Thalita, tudo o que ela queria falar estava ali. Não tinha nada que precisava ser reforçado. 

Mas tudo bem, este volume meio que não teve compromisso em dar continuidade ao enredo apresentado no outro, foi mais uma forma de matar a saudade do leitor de Leo, Rosa e seus amigos e não foi o grande erro do livro. O que mais me irritou foi que a Thalita apresentou a nós personagens diferentes do que tinha feito antes, parece que ela teve lapsos de memória e nem se deu ao trabalho de reler o primeiro livro para lembrar. E não estou falando de acontecimentos ou coisas do tipo, a personalidade de Rosa e Leo foi quase que completamente modificada.

Rosa tornou-se uma personagem muito mimizenta, uma garota que faz drama por tudo, potencializando todos os problemas de namoradas adolescentes em uma só pessoa. O Leo virou o cara que na frente da namorada diz que está tudo ok mas na maioria das vezes ele sente totalmente o contrário. E o desfecho? Parece que ela simplesmente viu que já estava bom de encher linguiça com os capítulos sem noção repletos de briguinhas e resolveu colocar uma que, muito previsível, apareceu do nada entre as folhas. A participação de Mauricio foi bem apagada, em todos os capítulos, seus personagens mais famosos ganham um par de páginas e quase a mesma quantidade de falas. 

No final de tudo, Ela disse, ele disse: o namoro poderia ser esquecido pra mim que preservo tanto amor pelo o primeiro. Me pareceu que os dois fizeram essa parecia apenas para conseguirem mais leitores e consequentemente mais dinheiro, embora, vamos combinar, já tenham bastante. Algo feito na pressa, sem muita vontade. E, se não foi isso, fui uma ideia muito bem intencionada mas que não deu nada certo. Não recomendo esta leitura.

Editora: Rocco Jovens Leitores
Autores: Thalita Rebouças e Mauricio de Sousa
Série: Ela disse, ele disse - Livro Dois
Título original: Ela disse, ele disse: O namoro
Páginas: 144
de 5

8.9.13

Bienal 2013: Eu Fui!



Depois de metade de um ano sem comprar (muitos) livros, finalmente pude gastar todas as minhas economias em dois dias muito bem aproveitados de Bienal. Um pela escola e outro por conta própria, ambos garantindo caminhadas em todos os três pavilhões e paradas em muitos estandes. Não vou dizer praticamente todos, existem mais do que você possa imaginar e acho que seja humanamente impossível visitar todos. 

>> O primeiro dia - 05/09 <<
No primeiro, eu tinha todo o meu dinheiro e junto comigo uma lista com os estandes interessantes porque teria apenas seis horas pra visitar e queria comprar tudo o que estava na lista de desejos, afinal, não sabia se voltaria outro dia. Comprei! Cheguei ao meio-dia (peço perdão pela falta de fotos é que desta vez fui munido apenas do meu celular e estava correndo pra tudo quanto é lado, sobrando pouco tempo pra fotografar as coisas no evento), que pode ser considerado o pior horário de todos porque é quando a Bienal junta o pessoal que chegou de manhã e ainda não foi embora e o pessoal da tarde que acaba de chegar. Não deu outra, logo que cheguei, não aguentei olhar nem metade do que tinha no pavilhão laranja porque estava numa euforia danada pra chegar logo ao azul, já consciente de que ele estaria muito mais lotado, uma vez que continha as editoras mais "famosinhas". Deu pra dar uma olhada na Novo Conceito que chamava uma atenção danada com seus livros gigantes, de longe a organização mais notável em termos visuais e outras coisas como o atendimento e a quantidade de eventos. Não consegui parar muito tempo lá, porque estava com horas cravadas, então corri para a Galera Record onde uma fila gigantesca que cercava todo o estande me aguardava. Primeiro tive que entrar na fila para entrar e, já lá dentro, depois de organizar uma caçada aos livros que eu queria, mesmo que não tivesse muito espaço para ficar na indecisão. Elogios ao pessoal da Record que foram muito atenciosos enquanto eu procurava o meu segundo volume de Círculo Secreto que fui informado de que tinha sido esgotado e procurava pela  confirmação de que a Patrícia Barboza estava no estande autografando. Tinha bastante gente lá e eu fui tratado com muita educação. Infelizmente, a autora já tinha ido embora e depois da fila que mesmo quilométrica não me tomou mais que quinze minutos, fui para o estande da Rocco que também estava muito cheio. Felizmente, a fila bem menor me economizou o tempo que passaria perambulando a procura dos amigos que eventualmente se perdiam em meio ao mar de gente. Parei na fila gigantesca da Arqueiro para acompanhar uma amiga e demorei bastante tempo lá. Logo depois da parada pro lanche, corri para a Intrínseca onde fiquei muito feliz em achar Bubble Gum da Lolita Pille por apenas 9,99. Foi um pouco triste enfrentar a fila pra comprar um único livro, mas a conversa e a animação por estar no evento nem me deixaram perceber o tempo passar. Já quase no final do dia, parei na Universo dos Livros pra comprar uma biografia da Lady Gaga e corri para o estande da Gutenberg que era o meu grande desejo de Bienal e comprei logo o Fazendo meu filme 4 e o Minha Vida Fora de Série - 1ª temporada. Ainda deu tempo de passar novamente na Galera Record e comprar Louras Zumbis porque estava na mesa em que todos os livros eram 10 reais. Terminei o dia muito cansado, cansaço só sentido quando finalmente sentei. Mas valeu muito a pena. Esses foram os livros do dia 5:


>> O segundo dia - 07/09 <<

7 de setembro, feriado nacional. Eu já estava mais do que convencido de que só iria um dia para a Bienal deste ano até que uma decisão de uma última me levou ao evento num sábado, feriado. O que todos classificaram como um verdadeiro programa de índio. E não é que foi mesmo? Filas, muitas pessoas, um pouco de estresse. Mas, enfim, é a Bienal e quando a gente se dá conta de que estamos todos ali pelo mesmo motivo, pela mesma paixão, tudo melhora! Andei um pouco mais do que no primeiro dia, porque não sabia quais livros compraria, uma vez que a minha lista tinha acabado na primeira ida. Andei por muitos estandes, dei voltas e voltas e acabei com uma quantidade boa de livros comprados. Fui no estande da Modo e encontrei a Larissa Siriani, que assinou um exemplar de seu livro As Bruxas de Oxford e acabei parando num lugar onde várias livros estavam sendo vendidos a preço de banana. Acabei não achando o que mais queria, que era o Era uma vez minha primeira vez da Thalita Rebouças, mas acabei comprando outro. Também passei na iD e fiz a festa na sessão dos livros de 19,90. E, de quebra, acabei vendo o Ziraldo. Sensação de dever cumprido me atingiu assim que passei pelo portal em que estava escrito "Até 2015!". Mais uma vez, valeu muito à pena! O meu saldo do dia: (Você pode encontrar outras fotos da Bienal no meu instagram @matheusgoulart2)