11.5.12

Resenha: Almas Gêmeas (Beijada por um anjo #3) - Elizabeth Chandler


Editora: Novo Conceito
Autor: Elizabeth Chandler
Ano: 2010
Título original: Soulmates
Página: 260
Tempo de leitura: 1 semana

Você deve ter percebido esse tempo sem postar. Acontece que eu fiquei sem internet e não pude entrar no blog para postar algo, desculpe-me pela ausência. Mas isso me rendeu energia para ler e acabei lendo dois livros em uma semana, coisa que não estava fazendo há tempos.

Então, por causa disso, essa resenha pode ser um pouco curta ou vaga, já que aproveitei meu estado de necessidade do próximo livro e acabei lendo em dois dias Beijada por um anjo 4, estarei preparando a resenha para a semana que vem.
— Você ainda parece chateada  — comentou
— Só estou cansada  — Ivy respondeu.  —  Estou cansada  de as pessoas me observarem, esperando por... sei lá pelo quê.
A história acontece diretamente depois de Beijada por um anjo 2, numa linha de tempo. Ivy está de volta à escola e ela se sente como uma estranha, com todos olhando para ela e especulando que ela possa ter tentando se matar no verão passado, quando foi encontrada na ferrovia, as pessoas acham que ela não consegue aguentar a perda de Tristan, o que de certa forma é verdade.

Quase em contrapartida à esse enredo de adaptação de Ivy, ela está cada vez tendo pesadelos mais claros, iguais aos que tinha logo após o acidente e começa a montar o quebra-cabeça, assim como consegue se comunicar muito mais com seu namorado morto, Tristan, estando ele ajudando-a a se livrar dos perigos que a rodeiam, mas, se Tristan e ela conseguirem fazer com que Ivy sobreviva, isso significaria que ele iria embora para sempre?

Eu amei esse livro e recuperou meu alto amor por essa série. O primeiro livro foi muito bom e o segundo um pouco mais parado, algo que costuma acontecer com os segundos livros de trilogias, eles têm de segurar o clímax maior e ainda conseguir fazer uma história boa para quem acompanha e espera o final da saga, a escrita de Elizabeth, porém, não deixou de ser envolvente, algo que ajuda-nos muito a superar os momentos parados de todos os três livros.

Uma coisa que acho bastante curioso é que todos os livros de Beijada são como se estivessem retratando a rotina de Ivy, como se fosse um reality show que acompanhasse tudo o que ela passa. Ela tem amigos e uma vida normal e o enredo não está todo afetado, como acontece em "livros finais". Almas Gêmeas começa como se fosse qualquer outro, mas contém mais rapidez do que os anteriores.
 
Mesmo que o enredo tenha se desenrolado mais rápido no terceiro livro, ele conta com o mesmo número de ação dos outros, assim como o um e dois, uma tensão se mostra constante, com pequenos acontecimentos e um mistério, até que no fim, uma bomba se estoura e tudo passa a acontecer bem rápido e deixa tudo mais eletrizante. A tensão é um bom elemento, pois prende o leitor à história e, caso tenha lido os outros livros, já sabe que vai encontrar algo bombástico pelo menos nas últimas vinte páginas.
— Ah, Tristan, senti tanto a sua falta.
— E eu sentia  sua — respondeu. — Senti falta de abraçá-la, beijá-la, deixá-la brava...
Mesmo que o sobrenatural e o paranormal estava todo envolvido, o livro contém aquela carga dramática real, com acontecimentos e sentimentos normais por parte de todos os personagens. São os conflitos "humanos", digamos assim, entre eles que enche as páginas e aquece o leitor, e não pense que isso é feito só para encher linguiça, tudo isso se torna muito significativo no final.

Quando você começa um livro em que o ingrediente principal é o romance tem de ter simpatizado com o casal principal e quem lê as resenhas dessa série que faço aqui no blog, deve saber que gosto bastante do casal Ivy e Tristan e torço muito para que os dois fiquem juntos, entendo a causa deles e entendo a necessidade de Tristan de beijá-la por um última vez.

E, nesse livro, um novo casal se forma, soando mais como um fim de novela, com aquele clássico "feliz para sempre". Eu não achei esses dois nada convincente e não vou contar para você que não leu o segundo ainda e não quer que o terceiro perde a graça. Apesar de Elizabeth forçar durante boa parte da trama para que a gente se acostume com eles, existe um personagem entre os dois com quem eu não simpatizo muito e não acho que esse amor seja lá uma coisa verdadeira.

Acredito que o desfecho tenha sido feito antes de a autora decidir que escreveria outros livros e mesmo que tenha achado o casal novo totalmente na linha "tapa buraco", foi bastante satisfatória e tão bombásticos quanto os outros fins, mas dessa vez, claro, com o compromisso de fechar as pontas soltas que se formavam no fim de cada livro lido. 

A capa é a que menos gosto da série, achei esse brilho tão inexpressivo e sem-graça, além de parecer efeito de computador daqueles bem simples. Porém, esse brilho feio tem uma importante aparição na maioria das páginas em que os anjos se comunicam com os personagens que acreditam nessas criaturas e confesso que não foi assim que eu imaginei e não é assim que a "névoa que rodeia o corpo deles" foi representada com as palavras de Elizabeth.

Mais uma vez (como em outros livros da série), a Novo Conceito errou várias vezes durante a edição. Eu não entendo, por ser que seja por causa do tradutor ou outra coisa, mas há várias falas sem o travessão e palavras mal traduzidas, assim como nomes e lugares. Outra coisa bem estranha é que, coisas que deveriam ter aquele rodapé de explicação porque maioria das pessoas não conhece, não tem, agora as coisas que a gente já está careca de saber... Bem, eles explicam no rodapé.

O clímax foi bem forte e a impressão que sem lendo o livro é de que uma bomba está prestes a estourar, ainda mais com as reações de Ivy que começa ser atacada por alguém e, já desconfiando de quem seja, não pode demonstrar nenhuma emoção. É bem agonizante quando ela pisa nos vidros no chão do banheiro e simplesmente chora sozinha, limpando. Ainda mais quando sua mãe acha que... Deixa pra lá, isso é spoiler.

Uma coisa que estava esperando desde o final do primeiro livro é a revelação do assassino, eu sabia que isso iria demorar e, de certa forma, fiquei um pouco surpreso. Porque, era bem óbvio o tempo todo e eu pensava "Não, não pode ser isso", mas acabou que no fim, foi o que sempre suspeitei e a revelação feita junto é bem chocante, porém aliviador, saber de toda a verdade escondida entre as páginas durante muito tempo é muito bom.

Agora, espero para o recomeço da série que aja um conflito tão bom quanto o dessa primeira trilogia. Que os personagens continuem sendo convincentes e bons, que Ivy continue apaixonada por Tristan e que a escrita de Elizabeth evolua ainda mais, ao terminar esse livro. Meu sentimento era de medo por ter o "felizes para sempre" em mãos e logo depois começar a ler e possivelmente descobrir que ele não existiu.

Beijada por um Anjo #3 é um livro que supera todos os anteriores, com o mesmo número de ação, mas uma tensão constante que toma conta de você, o levando a continuar lendo para descobrir, com um medo terrível de algo de ruim aconteça com o seu personagem favorito. Eu recomendo a leitura de toda essa primeira trilogia, pois vale muito à pena chegar até aqui. Estou feliz com o resultado e bastante orgulhoso de Elizabeth e a evolução que deu à série. Que venham mais!

Ela podia vê-lo. — Tristan — a forma como ela pronunciava seu nome ainda o fazia estremecer. — Não achei que você voltaria. Depois de expulsá-lo daquela forma, não pensei que fosse voltar para mim.
Tristan ficou onde estava.
— E você não está vindo para mim, está? — perguntou.
Ele sentiu o tremor na voz dela e não conseguia decidir o que fazer. Ir embora? Deixá-la na dúvida por um tempo? Não queria brigar, e tinha um trabalho a fazer naquela noite.

10/10
Justificativa: Um ótimo desfecho à essa série incrível

Trilogia Beijada Por Um Anjo
NOVO CONCEITO
, publicada de 2010 a 2011


Um comentário:

  1. Que bom que esse livro consegue superar os outros porque eu já estava perdendo a esperança nessa série - e estou sendo 100% sincera.
    Beijão.

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